O que mais se ouve quando um treinador é demitido é que se trata de uma cultura do futebol brasileiro porque os resultados não aparecem. E que os dirigentes não julgam o trabalhos dos técnicos. Pois o presidente do Coritiba está vindo de encontro a cultura brasileira e vem bancando o treinador Celso Roth mesmo que o trabalho dele não venha dando resultados. O Coritiba é o último da tabela. É verdade, que o time não é lá estas coisas. Está calcado no veterano Alex que continua jogando na zona morta, ou seja, sem muita responsabilidade na marcação. Não vi a partida de domingo, quando o Coritiba foi derrotado pelo Flamengo que com a vitória conseguiu respirar um pouco fora da zona de rebaixamento. Não sei quanto tempo o presidente do Coritiba vai bancar o Celso, só que demitido, ele não poderá criticar a tal “cultura brasileira” com os técnicos.
Sábado foi um dia triste para quem gosta do futebol de mesa. E quem não gosta? O italiano gaúcho, Domenico Romana, conhecido como Mimo, nos deixou. Por certo, foi requisitado por Deus para dar continuidade ao seu trabalho lá no Céu. Sempre que fui ao seu Bazar, ali na Fernando Machado, o tratamento dispensado não só a mim mas a todo os seus clientes foi de carinho e respeito. O futebol de mesa perdeu o seu maior incentivador depois de 34 anos. Descanse em paz, Mimo!
Escrevi, há muito tempo, neste espaço que o futebol de várzea, em Porto Alegre estava morrendo. Alertei que o secretário de esportes, Edgar Meurer estava de olho nos atos de indiscplina e que a intenção era dar um basta nem que fosse preciso acabar ou suspender o campeonato municipal. Não acreditaram. E foi o que acabou acontecendo. E os reflexos estão aí. Ligas resolveram também acabar com suas competições para evitar problemas graves no futuro. Hoje em dia, como qualquer guri anda armado, os mais antigos não querem correr o risco de saírem de casa para não mais voltar. E com isto a várzea que já foi forte está caindo pelas beiradas. Afora isto, os custos pra colocar um time em campo são altos. E não há tanto dinheiro assim para uma pessoa ou no máximo duas colocar a mão no bolso e pagar todas as despesas.
Aliás, o problema financeiro parece afetar, também, as equipes de veterano. Este ano, por exemplo, um dos mais tradicionais campeonatos da categoria, o do Ararigbóia, não foi realizado. Já ouvi de um dirigente que os custos são elevados e muito difícil de serem bancados. Um jogo, para cada time, não custa menos de R$ 200,00, entre uma carninha, uma ajudinha e o pagamento da arbitragem, sem falar na taxa de inscrição.
Luiz Carlos Oliveira, jornalista
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