Alguém poderia classificar a vitória do Internacional no clássico como surpresa? Creio que não. O time não chegou a ser brilhante mas foi efetivo na primeira bola jogada ao gol de Marcelo Grohe que, na minha opinião, falhou no lance do Aránguiz. Surpresa foram as alterações feitas pelo Felipão e sua declaração no final da partida de que a direção queria que a estréia dele fosse depois do clássico. Eu, sinceramente, não estou entendendo de mais nada. Será que o presidente Fábio Koff entrou na fase da caduquice? Mandou o então treinador embora e contrata um outro com grande experiência e abre mão do seu trabalho imediato. Ou Koff estava com medo que o Felipão repetisse aqui no Grêmio o que aconteceu na seleção brasileira?
Os gremistas apesar dos dois a zero, deixaram o Beira-Rio esperançosos. Agora vai, era o que se ouvia. Mas eu pergunto: Pelas alterações feitas por Luiz Felipe Scolari, parece que estava tudo errado no Grêmio? O Geromel que ele rasgou elogios quando o Grêmio contratou e que todos esperavam ser titular, terminou sendo sacado da equipe. O Luan, apontado como o grande "craque" do Grêmio na atualidade também saiu do time. E o Alan Ruiz que chamado aos 40 minutos levou quase dez para se apresentar ao treinador? Indisciplina? Creio que sim.
Mas a surpresa agradável foi o árbitro Daronco que teve uma atuação exemplar. Cheguei a temer por ele quando o Rodriguinho, aos dois minutos, chutou o William. Pensei: Se não der cartão vai se perder. Ele conversou com o bandeira Barison e mostrou o amarelo para o jogador gremista. Ali ele assumiu o comando do jogo. Buscou coibir as jogadas violentas e o rodízio de infrações em D'Alessandro que, surpreendentemente, está há dois jogos sem levar o cartão amarelo.
Ouvi pela imprensa que houve confronto entre torcedores da dupla. O que passa na cabeça desta gente? Sai de casa e ao invés de se divertir quer brigar, fazer arruaça. Quem foi culpado do confronto? Não sei mas tanto do lado do Grêmio como do Internacional não há anjinhos.
O Inter - estou trocando de opinião - se mantiver a vontade demonstrada no clássico deste domingo, pode sim fustigar o líder Cruzeiro. Agora se repetir atuações como contra o Bahia não chega entre os quatro. A verdade é que o Abel parece ter acertado a meia-cancha com dois volantes e foi beneficiado com a expulsão absurda do Paulão, já que o Ernando é muito melhor.
A vitória, espero, traga novo ânimo ao time colorado que pode, muito bem, vencer o Ceará e se classificar à próxima fase da Copa do Brasil.
Luiz Carlos Oliveira, jornalista
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