Pois li e ouvi muitas críticas à direção do Internacional e à sua comissão técnica por ter levado para o jogo decisivo desta noite, em Fortaleza, pela Copa do Brasil, contra o Ceará, um mistão. Se não passar, o que é bem provável, o colorado receberá como prêmio a participação na Copa Sul-Americana. Acho que o Inter, mesmo sem seis titulares, um deles, Alex, fará muita falta o outro, D'Alessandro, nem tanto, porque o gringo sempre joga mal fora do Beira-Rio, tem condições sim de ganhar e bem do Ceará lá. Se não der, a Sul-Americana que o ex-gremista Souza quando atuava aqui chamou de segunda divisão da América e de castigo acabou jogando a segunda divisão brasileira, tem um peso, internacionalmente, muito maior do que a Copa do Brasil. Além disso, o Inter poderá rechear seu cofre com excelentes rendas quando jogar no Beira-Rio. Então, não vejo assim, motivos fortes para condenar a atitude colorada.
O que eu não consigo entender é como gremistas brigam com gremistas e colorados com colorados. Já acho em absurdo muito grande torcidas rivais se pegaram a pau. Acredito que as autoridades deveriam tomar uma posição mais enérgica a respeito deste assunto. Proibir o cara de entrar em jogos ou frequentar adjacências dos estádios, é uma falácia. Assim como reter carteira de habilitação e achar que o cara não seguirá dirigindo. O que tem de acabar é com as "gangues organizadas" que infestam as torcidas organizadas dos times de futebol do Brasil. O resto são medidas paliativas que não nos levarão a nada.
Ah, os torcedores gremistas que não respeitaram a memória do ídolo colorado Fernandão, domingo, no Beira-Rio, devem fazer parte deste grupo que mata um trabalhador, um operário, por dez ou vinte reais. Não têm sentimentos com o próximo. Além disso, deixaram dirigentes do seu clube constrangidos perante a comunidade esportiva nacional.
Luiz Carlos Oliveira, jornalista
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