Quando precisa do Pirata ele vira aquele do "Olho de Vidro e da perna de pau"

O Grêmio foi eliminado da Libertadores. Confesso que eu não acreditava. Mas o time me decepcionou assim como decepcionou aos mais de 40 mil torcedores que foram a Arena Porto-Alegrense. E, mais uma vez, quando precisava de algumas peças elas fracassaram. E não foi a primeira vez que isto aconteceu. O Barcos, por exemplo, não fez nada ao longo do jogo e quando teve a responsabilidade na cobrança dos pênaltis, e por isto ele foi escalado como primeiro batedor, chutou mal para a defesa do goleiro Torrico. Outro foi o Luan. Só que este eu não considero culpado. Considero culpada sim a nossa imprensa ou alguns comentaristas que viram dois ou três jogos do garoto e já o consideravam "craque". Outro que decepcionou foi o paraguaio Riveros. O Zé Roberto  passeou, apenas isso, pelo campo.

Com relação a  entrevista coletiva do experiente presidente Fábio Koff foi tão decepcionante como a atuação do Grêmio e de alguns jogadores na derrota para o San Lorenzo, da Argentina. Perguntado sobre os últimos fracassos, Koff repetiu o que já havia dito que a derrota para o Internacional não teve repercussão, porque o Grêmio - no caso ele - não deu importância ao gauchão. Este discurso só foi ao ar tempos depois, quando as fraquezas da equipe começaram a ficar evidentes. Muito se ouve da direção, técnico e jogadores que o Grêmio fez uma excelente campanha na fase de grupo. Eu já escrevi que foi uma campanha fantasiosa. Vejamos, as vitórias aconteceram contra o Nacional do Uruguai que está caindo pelas beiradas e pelo Nacional da Colômbia que, na minha opinião, se classificou por milagre. O Grêmio não ganhou do Newell's - empatou os dois jogos - e contra o San Lorenzo perdeu lá e ganhou aqui sem ser brilhante. E um time instável acaba se refletindo numa cobrança de pênaltis. A derrota foi muito sentida por Koff, mas ele não analisou, em momento algum, o elenco gremista.

Luiz Carlos Oliveira, jornalista