Enquanto o Grêmio fazia sua parte aqui em Porto Alegre, marcando um golzinho e deixando para o goleiro Marcelo Grohe garantir a vitória, o Inter, contra um time que levou seis gols do Botafogo voltou a ser apático, sem sangue e sem poder ofensivo. O argentino D'Alessandro - eu já esperava - jogou mal como de costume quando sai de Porto Alegre. Sem criatividade e com um centroavante que apesar dos gols marcados esta temporada, continua inoperante, o máximo que a equipe de Abel conseguiria foi o que conseguiu, um mísero empate contra um time que jogou todo o segundo tempo com um jogador a menos. Os laterais foram piores do que o Rafael Moura. O Fabrício quando tem um corredor pela frente troteia. É uma missa chegar a linha de fundo. Seus cruzamentos sempre param nos zagueiros e como o Rafael Moura vive escondido atrás deles, sem nenhum antecipação, a tarefa da defesa fica fácil. Menos mal que o time voltou ainda na liderança isolada do brasileiro. Não sei se vai conseguir a mesma façanha na quarta-feira quando joga em Curitiba, contra o Coritiba do Celso Roth. Ah, para um time que diz querer ser campeão, precisa vencer fora de casa, o que até agora, o Inter não conseguiu.
Aqui o Grêmio fez o dever de casa. Assim como no ano passado com Renato Portalupi, fez um gol e deixou que a defesa - hoje foi o goleiro Marcelo Grohe - garantisse a vitória. E não fosse o goleiro gremista fazer dois ou três milagres e o tricolor estaria amargando uma derrota. O Grêmio provou a minha tese que 2 a 0 só é um resultado perigoso para o Internacional. O tricolor fez só um e garantiu a vitória.
Será que o senhor Scolari não vê o goleiro do Grêmio jogar? Pois no lance do Rafael Sobis que ele salvou para escanteio, o Cavalieri, do outro lado, num lance igualzinho, tomou o gol do Rodriguinho. Não relacionar o goleiro gremista nem entre os 30 foi sacanagem.
E o Brasil vai para uma Copa do Mundo com um centroavante ruim e outro destemperado. O que o Fred fez esta tarde na Arena Porto-Alegrense deveria ser desconvocado pelo Felipão. Nem criança faria o que ele fez. E o Brasil estará dependendo dos pés e da cabeça deste jogador. Não sei o que nos reserva esta Copa.
Luiz Carlos Oliveira, jornalista
Nenhum comentário:
Postar um comentário