O Brasil está nas semifinais. Ganhou da Colômbia que falou demais antes da partida e em campo mostrou muito pouco. O Brasil também não foi lá estas coisas, mas como já disse nos confrontos da fase anterior valeu muto mais pelo resultado do que pela atuação. Depois da choradeira contra o Chile veio o repique de alguns jogadores e do próprio treinador Luiz Felipe. Só chora quem tem emoção, declarou Tiago Silva, que quis o destino fosse o autor do primeiro gol brasileiro. O revide contra as críticas já era esperado.
O jogo em si não chegou ser empolgante. Muito pelo contrário. O Brasil teve dificuldades ofensivas - Fred voltou a ser figura opaca o mesmo aconteceu com Newmar -, e a Colômbia demonstrou, pelo menos neste jogo, uma inoperância no ataque. Levou quase uma hora para acertar o gol brasileiro e só descontou num descuido da defesa e que o goleiro Júlio César cometeu pênalti. Pelo que vi, o Chile foi muito mais adversário, técnica e taticamente, do que os colombianos. Quando vi o primeiro gol logo aos sete minutos, pensei até mesmo em goleada brasileira. Mas o nosso time não está com nada na meia-cancha. Ela não produz bulhufas.
O Brasil ganhou, mas ao mesmo tempo perdeu o seu "craque" Newmar que sofreu fratura em uma das vértebras e deu adeus a Copa do Mundo. Não sei nem se será ruim. Creio que quem vai virar o nome do Brasil já nas semifinais será o Oscar que deverá ser liberado, assim como o Newmar, para criar. Os mais velhos, assim como eu, devem lembrar 1962, no Chile. Pelé se machucou e seu substituto Amarildo terminou num dos destaques do bicampeonato.
Passamos pela Colômbia, mas não sei se iremos passar pela Alemanha. É um belo de um time. Vamos esperar terça-feira.
Luiz Carlos Oliveira, jornalista
Nenhum comentário:
Postar um comentário