Foram apenas 12 horas e os advogados do tubarão da FIFA, Raymond Whelan, executivo da Match Services, apontado pela Polícia do Rio de Janeiro como a principal cabeça do esquema da venda de ingressos para a Copa do Mundo, foi solto através de habeas corpus expedido no plantão do Tribunal de Justiça,na madrugada desta terça-feira.
"Não há razão jurídica para a
decretação da prisão dele. Temporária, nem preventiva", disse aos
jornalistas, Fernando Fernandes, um dos cinco advogados de defesa de
Raymond Whelan, anunciando a decisão da Justiça por volta das 2h, pouco
depois de chegar à 18ª DP (Praça da Bandeira), onde o executivo inglês
passou a noite de segunda-feira e parte da madrugada desta terça. A
previsão antes da concessão do habeas corpus era de que o executivo
fosse transferido durante o dia para o Complexo Penitenciário de Bangu,
na Zona Oeste do Rio.
Segundo Fernando Fernandes, a defesa de Whelan
entrou com o pedido de habeas corpus por volta das 22h no plantão do TJ.
A solicitação foi aceita à 1h30 e às 2h ele já estava na delegacia para
iniciar os procedimentos para a soltura do executivo. Um oficial de
justiça trazendo o alvará de soltura chegou à delegacia às 4h30.
Dezessete minutos depois o inglês deixava o local acompanhado dos
advogados e sem dar declarações. De táxi, ele voltou para o Copacabana
Palace.
Fernando Fernandes informou que os próprios
advogados de Whelan sugeriram no TJ que o passaporte do executivo
ficasse acautelado no órgão, num gesto para demonstrar que o inglês não
tem o objetivo de sair do Brasil até o fim das investigações sobre a
venda ilegal de ingressos para a Copa do Mundo. Ele disse ainda que o
executivo poderá prestar depoimento a qualquer momento na delegacia,
assim que for convocado. Segundo o advogado, Whelan demonstrou
tranquilidade no tempo em que permaneceu na delegacia, mas aparentava
cansaço. (Fonte O Dia do Rio de Janeiro)
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