Uma das razões de que sou contrário a greve de funcionários públicos é o que está acontecendo aqui em Porto Alegre. O SIMPA bateu pé e não aceitou os 6 e poucos por cento oferecidos pela prefeitura. "Não, queremos 20%", a resposta que ouviu José Fortunati. Pois bem, nesta tarde de terça-feira,9, ouvi de uma representante do sindicato que a categoria aceita a proposta oferecida pelo governo, porém, "exige" a compensação de horas para que não haja o desconto dos dias parados. Eu tinha certeza que isto iria acontecer. Param e querem receber pelo que deixaram de fazer. Compensar horário? É falácia. Como compensar "x" horas sem trabalhar? Trabalhando uma hora a mais por dia? Quantos dias terão de compensar?
Outra coisa: Colégios municipais parados? Mas os professores municipais são. talvez, os mais bem pagos no Brasil. Quanto mais ganham, mais querem? Sei que quando o Bosco era secretário de esportes, pegou um dos professores da Sme com atestado na prefeitura e exercendo tranquilamente suas atividades numa das faculdades de Porto Alegre. Ah, o cara ficou brabo com o Bosco.
A Trensurb está prometendo parar. Nada melhor do que aproveitar o início da Copa do Mundo para deixar o trabalhador sem grandes opções de transporte. E além de prejudicar quem ganha menos, a turma do Transurb que desde a sua inauguração já exerceu o direito de greve, vai mostrar ao Mundo que aqui em Porto Alegre há um desafio contra o governo. Aliás. governo que a maioria dos trabalhadores do trem metropolitano ajudou a eleger. Ou não?
O que me chama a atenção é que o Cepergs não anunciou nenhuma greve durante a Copa do Mundo. Por que será? Para não mostrar aos estrangeiros que a nossa educação está uma m...? Ou por que não terão a mídia ao seu lado, já que ela estará voltada para o Mundial?
Amanhã vou abordar a política da Sme do "toma lá dá cá" para os campos de futebol da prefeitura.
Luiz Carlos Oliveira, jornalista
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