O que mais me impressiona vendo o Grêmio jogar, é a postura do time em confrontos pela Libertadores da América. É diferente das demais equipes brasileiras. Joga como se fosse o melhor time do Mundo, não dando bola para a fama do adversário. No jogo contra o Newell's quando arrancou um empate já nos acréscimos, o tricolor mostrou, acima de tudo, um esquema tático que envolveu seu adversário. No cômputo geral, foi melhor no primeiro e no segundo tempo e se tivesse sido derrotado seria uma grande injustiça.
O Enderson Moreira demonstrou maturidade e inteligência ao empregar, com a compreensão dos seus jogadores, um esquema que surpreendeu o time argentino. Começou marcar o Newell's no campo dele. Fez duas linhas de quatro com uma delas praticamente fixa a frente da área. Os argentinos não sabiam o que fazer. Tocavam a bola sem penetração, sempre recuando as jogadas. No segundo tempo até que o Newell's teve uma melhor presença ofensiva. Acertou duas bolas no travessão de Marcelo Grohe. Foi sorte? Foi, mas a sorte bafeja apenas os bons, se bem que na minha opinião, o goleiro gremista falhou no gol de Maxi Rodrigues.
O Newell's recuou e deu com isto campo para o Grêmio. O time dominou inteiramente a partida. Teve algumas chances até que Barcos cruzou uma bola na cabeça do Rhodolfo. O zagueiro que tinha se mandado para o ataque, de casquinha, desviou a bola do goleiro argentino. Estava ali a justiça no placar.
O empate, na minha visão, classificou o Grêmio, independente do resultado do próximo jogo contra o Atlético Nacional, na Colômbia. O tricolor pega o Nacional do Uruguai aqui na última rodada. E convenhamos, é jogo jogado, ou seja de previsão até de uma goleada.
Luiz Carlos Oliveira, jornalista
Nenhum comentário:
Postar um comentário