Depois de se apaixonar por Vanderley Luxemburgo, o Luxa como se ouvia falar nos boletins e entrevistas, quando técnico do Grêmio, parte dos repórteres e até mesmo comentaristas, passou a idolatrar Enderson Moreira. Muito se ouviu falar em estudioso, trabalhador e competente. Bastaram duas sapecadas nos dois Gre-Nais que decidiram o título gaúcho e tudo aquilo que diziam do técnico passou a ser contestado. Já não é um técnico tão estudioso. Não é tão competente assim e por aí vai. Acontece que não tratam o futebol com a seriedade que ele merece. Transformaram o grupo do Grêmio, na Libertadores, como o da "morte". E nem mesmo os resultados fizeram com que a imprensa mudasse de opinião, ao contrário, por exemplo, do ex-presidente Paulo Odone que disse que o "grupo da morte virou grupo dos mortos". E ele tem toda a razão. Dão ênfase a campanha da equipe na competição. Muito se ouve dizer que foi a segunda melhor entre todos os participantes na primeira fase. O que é verdade. Porém, os analistas não se deram o trabalho de analisar o comportamento dos adversários. O argentino Newell'S Od Boys apesar de não ter se classificado era, na realidade, o adversário mais temido que o Grêmio iria enfrentar. Era e foi, pois nos dois confrontos o Grêmio não conseguiu vitoriar-se e em Rosário só empatou no desespero no último instante. O Nacional, cuja vitória na estreia foi saudada, mostrou ser um time sem nenhuma expressão e o Atlético Nacional da Colômbia não é nada mais de que razoável. Então, a campanha até aqui foi ilusória. As derrotas nos dois Gre-Nal escancararam os problemas gremistas. Ninguém analisou as atuações, por exemplo, de Riveros. O paraguaio joga pro gasto apenas, mas é considerado uma super estrela. O Pará só agora está sendo contestado, apesar de nunca ter se firmado como um bom lateral. O Barcos foi o goleador do campeonato gaúcho, mas nas horas em que a equipe mais precisa desaparece. Então, o Grêmio não é tudo o que disseram e agora está aí a ponto de estourar com uma eliminação para o San Lorenzo da Argentina.
O presidente Fábio Koff convocou uma coletiva para tentar reagrupar a torcida que está cética com o futuro do time. Não disse nada. Não, disse sim, que as derrotas do Grêmio não significaram nada. E as derrotas foram para o São Paulo de Rio Grande, Internacional e ontem, domingo, para o Atlético do Paraná. Perder Gre-Nais e levar um chocolate não representa nada? Parece-me que também o experiente dirigente gremista perdeu o rumo.
Para refletir: O que fazer com um pai que aceita o assassinato de um filho de onze anos? Pena de morte ou prisão perpétua?
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