Com um esquema "tanto fez como tanto faz e o clube que se exploda", o time de Abel Braga trouxe de Salvador o que fôra buscar, a eliminação da Copa Sul-Americana. Ora, para o técnico e os jogadores este tipo de competição não está a altura da qualidade técnica da equipe. O Inter, na opinião deles, é muito maior e não poderia seguir numa competição cuja repercussão é apenas internacional. E a direção se mantém omissa permitindo ao treinador apresentar uma escalação lamentável como a que colocou em campo na Fonte Nova.
Eu cheguei a pensar que após achar um gol aos 45 minutos do primeiro tempo, o Internacional mostrasse a mesma garra do Botafogo na partida de quarta-feira, pela Copa do Brasil, contra o Ceará. Puro engano. O Inter é um time sem sangue. Vencia de 1 a 0 e precisava de, pelo menos, mais um gol. Se esperava que fosse mais veloz. Que nada. Um lateral levava quase uma hora para que a bola fosse reposta. Uma falta, então, o tempo ainda era maior. Levou o gol de empate numa das muitas falhas do meio de defesa. Paulão teve uma atuação deplorável e contou com a contribuição do técnico Abel Braga que se deu ao luxo de substituir os dois volantes, Wellington e William que davam alguma consistência ao sistema defensivo.
Bom, fora da Copa Brasil e da Sul-Americana, quero ver as desculpas do senhor técnico e da omissa direção, para poupar jogadores. Sim, porque agora, só resta o brasileirão. E eu não sei se a equipe terá fôlego de se garantir entre os quatro primeiros - título nem se fala -, e ficar com uma das vagas para a Copa Libertadores da América. E se o Abel continuar, ele não vai gostar de viagens longas.
Acorda Luigi. Deixa o Nilmar ir para o Corinthians. Lá os caras pensam em título nacional. Aqui pensamos grande, uma vaguinha na Libertadores ou pré-Libertadores.
Luiz Carlos Oliveira, jornalista
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