Como é difícil a gente optar por um candidato quando eles vão para os debates com o propósito de colocar os podres de cada uma para fora, ao contrário de discutirem, seus planos de governo. Não vi, apenas li, que o primeiro debate - deveria ser debate de idéias - realizado pela Bandeirantes teve muitas acusações de ambos os lados. Aécio voltou com o surrado escândalo da Petrobrás. Dilma com a construção de um aeroporto nas proximidades de uma fazenda da família do seu opositor. Aécio de que o Bolsa Família foi espelhado em programa do PSDB. Dilma garante que no tempo do FHC não havia este tipo de benefício. E o que é bom mesmo, nada.
E não é só lá no cenário nacional. Aqui no Estado é a mesma coisa. Acuado pelos resultados do primeiro turno, Tarso passou a atacar Sartori com os governos passados do PMDB e do PSDB. Promete um governo melhor. Então, por que já não fez? Passou quatro anos e não tomou qualquer atitude, por exemplo, para duplicar, a Estrada Caminho do Meio, principal ligação entre Viamão e a Zona Norte de Porto Alegre. "Está no apel" me disse um candidato reeleito à Assembléia Legislativa. E disse-me mais: "Conheço bem o problema porque o meu motorista usa diariamente a estrada". No papel, o time do Internacional, a cada início de campeonato, é favoritaço ao título brasileiro. Na prática são outros quinhentos. No papel eu não vou passar de carro.
Mas não é só o governo do Estado. O Municipal que prometeu obras para a Copa - só não disse de que ano - tem no papel a duplicação da Protásio Alves da Manoel Elias a ponte que divide Porto Alegre de Viamão. É um suplício para as pessoas que moram no entorno da Protásio. Chega se perder mais de uma hora, em determinados horários, para se percorrer dois ou três quilômetros. É como dizia aquele personagem do nosso saudoso Chico Anísio quando era perguntado: "E o povo?" e ele repondia:"O povo que se exploda".
Luiz Carlos Oliveira, jornalista
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